Título: Amigo Imaginário
Autor: Stephen Chbosky
Gênero: Aventura/Suspense/Terror
Avaliação: Excelente (5 estrelas)
Editora: Galera Record
Páginas: 770
Sinopse:
"Kate Reese está fugindo. Determinada a buscar uma vida melhor para ela e para o filho Christopher, ela abandona um relacionamento abusivo e escapa no meio da noite junto com seu garotinho. Eles acabam se sentindo atraídos pela agradável comunidade de Mill Grove, na Pensilvânia, uma cidadezinha distante de tudo e de todos, com apenas uma estrada de acesso. A princípio, Mill Grove parece o lugar perfeito para eles se estabelecerem. Porém, Christopher desaparece por seis longos dias sem deixar nenhum rastro. O desespero toma conta de Kate, e a polícia da cidade faz buscas incansáveis para descobrir o paradeiro do menino. Até que ele surge no meio da noite saindo de um bosque nos limites da cidade. Ileso, mas mudado. Christopher volta com uma voz na cabeça que apenas ele pode ouvir e com uma missão que apenas ele pode cumprir: construir uma casa na árvore no bosque da Mission Street antes do Natal; caso contrário, sua mãe e todos na cidade sofrerão as consequências."
Resenha:
Livros de suspense são minha grande paixão secreta, o que dizer daquela palpitação que tira suas noites de sono ou aquele medo que te faz ficar olhando para trás ou até mesmo olhar de baixo da cama?
'Um pesadelo não é nada além de um sonho doente."
Em Amigo Imaginário fui surpreendida de uma forma extraordinariamente positiva, antes de iniciar a leitura havia lido inúmeras resenhas, algumas dizendo que o livro é ótimo e outras que o livro é muito ruim, descritivo e até sem desenvolvimento.
Os adultos têm dificuldade de se lembrar que podem ser poderosos, porque, em algum momento da vida, foram criticados por terem usado a imaginação.
O que precisa ter em mente ao ler Amigo Imaginário é que: sim o livro é um calhamaço de 770 páginas e tem bastante descrição, mas que no meu entendimento se faz necessário em boa parte do livro para criar a tensão e as perguntas certas ao longo do livro e por último não se assuste com a temática religiosa que o livro traz, ao longo da história fica muito claro o porquê disso e qual a intenção subentendida que o autor quer nos trazer.
A cada virada de página temos uma dinâmica diferente, os personagens são cativantes e ao mesmo tempo revoltantes, principalmente o Christopher, se eu pudesse gostaria de coloca-lo em um potinho e protege-lo. A coragem dele é absurda para uma criança de 8 anos e você fica pensando na quantidade de crianças que passaram pelo o que ele passou e são tão fortes, corajosas e gentis, o livro nos faz olhar para as crianças de um modo muito peculiar e mais cuidadoso.
"O trovão acordou Christopher de um pesadelo. O sonho foi tão assustador que ele o esqueceu completamente. Mas não esqueceu a sensação que causou. Como se alguém estivesse bem atrás da sua orelha. Fazendo cosquinha."
O livro nos traz personagens secundários que crescem muito e ao mesmo tempo cada um deles tem seu papel na história, não estão lá por acaso. O relacionamento mãe e filho entre Kate e Christopher é muito lindo e fofo, assim como é a potência do amor de mãe ao longo da história, sem Kate e seu amor a história talvez tivesse terminado de uma maneira bem diferente, apesar que o final do livro para mim, foi um dos melhores que li nos últimos anos.
"As pessoas acham que estão sozinhas, mas não estão. Pessoas imaginárias estão com elas o tempo todo. Algumas são muito boazinhas. Algumas são muito malvadas."
Existe pontos de gatilhos na história, porque depois que Christopher volta da floresta começamos a ter muitas perspectivas das pessoas da cidade, isso pode mexer com a cabeça de alguns e não é brincadeira, fiquei impactada em alguns momentos.
"Há um momento em que a infância acaba, pensou. E ela queria que o momento dele demorasse muito a acontecer. Queria que o filho fosse inteligente o bastante para sair daquele pesadelo mas não inteligente o bastante para saber que estava vivendo um."
Não se surpreenda em perceber que o livro em muitos momentos lembra It do Stephen King ou até mesmo Coraline do Neil Gaiman, o próprio autor agradece Stephen King pela inspiração.
A gente pode engolir o medo ou deixar que o medo engula a gente.
A Leiam o livro com a mente aberta e não se assustem por ter bastante descrição, o livro é ótimo e Stephen Chbosky nos entrega um livro cheio de suspense, reviravoltas e aventura, você vai querer saber o final, porque nada é o que parece!
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